O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá (CRM-AP) Dr. Eduardo Monteiro de Jesus vem acompanhando a superlotação do Hospital de Emergência Oswaldo Cruz, em Macapá-AP, com extrema preocupação, principalmente com as festas de fim de ano que se aproximam e os atendimentos sempre crescem

Após fiscalização conjunta com o Ministério Público do Amapá (MP-AP) no dia 26 de outubro (Veja)  a autarquia emitiu recomendações ao Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), órgão administrativo da unidade. Entre os objetivos das recomendações estava a transferência de pacientes que ocupavam os corredores do hospital para leitos para o novo anexo do HE.

Em resposta ao CRM-AP por meio do ofício n° 056/2022, a direção do HE/ IBGH  informou que  ampliou o número de leitos de 40 para 86 e que toda a parte administrativa do segundo piso, já foi retirada para a abertura de novos leitos. Apesar do informe, a realidade detectada nesta terça-feira (20/12) pelo presidente do Conselho é de corredores superlotados. Até mesmo na rampa de acesso ao segundo piso do HE pacientes ocupam o chão.

Além da falta de conforto, privacidade, os pacientes sofrem com muito calor. A ventilação é improvisada pelos pacientes com ventiladores, nos locais em que não há janelas.  Profissionais da saúde também vêm relatando ao presidente do CRM-AP a freqüente falta de medicamentos. Falta até suporte de soro fisiológico. Os profissionais precisam improvisar com fitas adesivas na parede ou com fios pendurados no teto para que os paciente recebam medicação injetável. Além do perigo de pacientes de diferentes patologias dividirem o mesmo ambiente.

Em outubro – O departamento de fiscalização constatou que a nova estrutura do HE vinha recebendo pacientes que estão em tratamento clínico e que já foram avaliados e liberados pelas especialidades ou então pacientes que estavam em tratamento clínico das patologias da cirurgia geral. Segundo o presidente do CRM-AP, Dr. Eduardo Monteiro, a situação é preocupante. “Não podemos selecionar os pacientes que não estão graves para internar no novo anexo. Afinal o HE recebe diariamente pacientes graves, não é local para receber pacientes de baixa complexidade. Pacientes com esse perfil, que estão internados atualmente no novo anexo, devem ser atendidos em unidades básicas de saúde. Precisamos usar melhor a nova estrutura”, explicou o presidente do Conselho.

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