Sábado, 09 de maio de 2020.

O Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP) esclarece que para o exercício da Medicina no Brasil, por brasileiros ou estrangeiros, formados no exterior, por exigência legal esses, DEVERÃO SE SUBMETER AO PROCESSO DE VALIDAÇÃO DOS SEUS DIPLOMAS OBTIDOS FORA DO BRASIL. A validação dos diplomas obtidos fora do país é coordenada em todo o território nacional pelo Ministério da Educação (MEC). O CRM-AP, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), firma o entendimento que sem aprovação no Revalida, o candidato não está preparado para conduzir de forma autônoma, atos inerentes à atividade médica, como o diagnóstico de doenças e a prescrição de tratamentos.

Assim pessoas que possuem o diploma de medicina obtido no exterior só poderão exercer a Medicina no Brasil após aprovação no revalida e conseqüente obtenção do seu registro profissional junto ao CRM, onde tem interesse de exercício profissional, sob pena de assim o fazendo incorrer na prática abominável do exercício ilegal da medicina.

O CRM-AP é contra proposta de políticos que querem flexibilizar essa exigência usando como desculpa a pandemia de COVID-19. Em lugar de ações nesse sentido o Amapá precisa da oferta de equipamentos de proteção individual (EPI´S) para que médicos e profissionais da saúde, que já estão na linha de frente possam cumprir o seu papel.

Lembramos que no mês de abril, o CRM-AP solicitou ao Governador do Amapá que enviasse à Assembleia Legislativa do Amapá um Projeto de Lei que concedesse adicional de insalubridade em grau máximo para TODOS OS SERVIDORES DA SAÚDE diante da pandemia e considerando os riscos de infecção pelo novo coronavírus. Da mesma forma que também solicitou contratação do serviço de hotelaria para os profissionais que estão na linha de frente contra o COVID-19 , evitando assim que esses profissionais voltem para casa e nesse retorno coloquem em risco a sua própria família. Nada foi encaminhado nesse sentido. Na verdade o CRM-AP nem resposta dos seus ofícios encaminhados recebeu.

O CRM-AP continua na luta pelo ético exercício da Medicina, garantido à população segurança e eficiência nos atendimentos, para tanto os médicos brasileiros devem ser respeitados, valorizados e reconhecidos. Diante do anúncio de possível contratação de não médicos, formados no exterior (estrangeiros e/ ou brasileiros, que não fizeram o revalida) o CRM-AP fará uma notícia de fato ao Ministério Público Federal sobre a possível contratação irregular. Também não está descartada a judicialização para impedir tamanho absurdo para com a população do Amapá, já fragilizada diante da pandemia. É necessário assegurar a população atendimento por profissionais legalmente habilitados e aptos para o exercício da Medicina.

O CRM-AP juntamente com o CFM promete lutar de todas as formas para impedir o avanço desse tipo de proposta. Veja a nota de repúdio do CFM ( CFM expressa repúdio à tentativa de flexibilizar Revalida usando a COVID-19 como justificativa )

Ressaltamos que o segundo o CFM, até dezembro, no País, sem qualquer ação extraordinária, serão graduados em medicina cerca de 25 mil novos médicos. Desse total, 10 mil deixarão as universidades até julho.

Revalida – Ano passado, ao sancionar a Lei nº 13.959/2019, que instituiu o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), o Governo encerrou debate de vários anos, conduzido na Câmara e no Senado. De acordo com o texto, esse processo deve ser cumprido porque verifica “a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina no Brasil”.

Facebook Instagram Twitter
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.