UBS de Ferreira Gomes é fiscalizada pelo CRM-AP

Lavanderia desativada e falta de equipamentos de proteção individual são alguns dos problemas identificados

Sala de atendimento abafada e escura. Enfermaria sem condições de manter pacientes internados. Falta de medicamentos e materiais para realizar procedimentos básicos. Foi assim que a equipe de fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá (CRM-AP) encontrou a Unidade Básica de Saúde de Ferreira Gomes. Para realizar a maioria dos exames laboratoriais os moradores precisam percorrer 137 quilômetros, até chegar a capital.

No local estão lotados apenas dois médicos, para atender mais cinco mil pessoas. No momento da vistoria apenas um profissional prestava atendimento, pois o outro realizava curso fora da cidade. A sala de atendimento, além de abafada estava escura devido à falta de luz. A unidade tem gerador de energia, mas este não funciona há mais de 15 anos.

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A equipe de fiscalização constatou que há estrutura somente para realizar partos em período expulsivo (emergência). Pois a mesa de parto não segue as normas do Ministério da Saúde (sendo inadequada). Nos casos de emergência os familiares têm que providenciar lençóis e alimentação, pois a Unidade de Nutrição e Dietética está sem condições de funcionamento pela falta de abastecimento.

Outro problema detectado pela fiscalização foi a falta equipamentos de proteção individual (EPI), como, capote, luvas, máscaras e óculos para a equipe de saúde realizar os procedimentos. A autoclave está com defeito. E a estufa que está sendo utilizada para esterilização dos equipamentos cirúrgicos, tem falha na borracha que veda a porta do aparelho, por isso a esterilização não está sendo eficiente, colocando a população exposta a infecções e outras doenças.

Não há extintores, nos principais locais da unidade. Assim como não existe aviso de perigo próximo da casa de força, onde temos energia de alta tensão. Os conselheiros também identificaram que não há coleta seletiva de lixo hospitalar.

altO setor de lavanderia está desativado, pois as máquinas são muito antigas. O local que serviria para escoamento da água das máquinas está sendo ocupado pelos dejetos dos vasos sanitários existentes na unidade, sendo levados pra fossa e sumidouro. Com tal problema, o odor é forte, o que torna impossível a permanência no local.

A fiscalização ocorreu em maio deste ano. Comparando com a fiscalização feita em 2012 a situação da unidade piorou, consideravelmente, e que as orientações dadas não foram adotadas. O CRM-AP encaminhou um relatório para o Ministério Público Estadual e Federal, Secretaria de Saúde do Amapá, Vigilância Sanitária, Ministério do Trabalho e Conselho Estadual de Saúde.   

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