As irregularidades, como falta de escala de plantões médicos, serão detalhadas por meio de relatório ao Ministério Público Estadual
Nesta quarta-feira (03/07), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá (CRM-AP) acompanhado da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Consumidor (DECCON), do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) e da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) estiveram no Hospital Marco Zero (antiga Unimed) para apurar denúncia de desassistência de pacientes devido à falta de escala de plantões no diarismo, plantões noturnos e sobreaviso do mês de julho.
No momento da vistoria, constatou-se que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estava fechada por falta de escala de médicos. O local possui cinco leitos, mas apenas três têm condições de uso, devido a falta de bombas de infusão, que são necessárias para reserva operacional.
A sala vermelha conta com um leito intensivo incompleto. Os outros dois leitos são apenas para observação dos pacientes. Detectou-se que o pronto atendimento infantil e o pronto atendimento adulto foram unificados. O setor, apesar de atender emergências estava sem atendimento médico. A falta de escalas de plantões também no pronto atendimento preocupou a equipe de fiscalização.
A vistoria também percorreu o setor de internação. No qual sete pacientes estavam internados. Mas de acordo com o levantamento realizado no local, não há profissionais para atender as possíveis intercorrências.
Outros problemas foram constatados, como: falta de medicamentos, infiltrações, ausência de alvará de Vigilância Sanitária, realização de sutura e colocação de gesso nos casos de imobilização no mesmo ambiente, entre outros. As irregularidades serão detalhadas por meio de relatório ao Ministério Público Estadual.
O CRM-AP também vai notificar o responsável técnico do Hospital com orientação de suspender os atendimentos e novas internações e disponibilizar médicos em tempo integral aos pacientes internados, sob pena de possível interdição ética.