O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá (CRM-AP) a convite do Ministério Público do Amapá (MP-AP) realizou fiscalização nas Unidades Básicas de Saúde São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí e no Posto de Saúde Tracajatuba I. A fiscalização, que ocorreu no dia 13 de abril, identificou diversos problemas em comum, como precariedade na climatização, carência de medicamentos e acúmulo de semanas de lixo hospitalar. 

Apenas uma ambulância atende as duas UBSs e o Posto de Saúde. A distância entre as unidades e as condições das vias sem pavimentação dificultam a locomoção nos casos de emergência. As unidades de saúde não têm equipes de profissionais fixas.  Os profissionais que atuam no local são da Estratégia Saúde da Família (ESF). Quando a equipe está na área rural, a UBS e o Posto ficam descobertos. 

Outro problema identificado é a carência de veículo para cobertura das duas UBS e do Posto de Saúde. Apenas um carro é utilizado para as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). E quando ele quebra ou precisa passar por manutenção, o trabalho é prejudicado. 

UBS SÃO JOAQUIM

Apesar do prédio da UBS São Joaquim do Pacuí ter várias salas, apenas duas vêm sendo utilizadas. As centrais de ar não estão refrigerando. Para que o atendimento não seja prejudicado, os servidores organizam o serviço em formato de rodízio em apenas dois ambientes, nos quais as centrais ainda funcionam.  A sala de observação, por exemplo, se torna o local para a realização de ultrassom. A sala de nebulização é a mesma utilizada para realização de procedimentos. 

Na Farmácia detectou-se que os remédios são armazenados em um ambiente quente. Também foi identificado falta de medicamentos, como Losartana 50 mg, Metildopa 250 mg, Metronidazol 250 mg, Metformina 500 mg entre outros. 

UBS SANTA LUZIA DO PACUÍ

A UBS Santa Luzia do Pacuí também está com a climatização precária e com parte da estrutura sem energia devido a problemas na fiação elétrica. No momento da fiscalização, além do calor, o ambiente apresentava forte odor de fezes de morcegos. Nas paredes era possível observar excrementos dos animais. Até na farmácia a equipe encontrou dejeto.  

Além da falta de medicamentos, remédios e rolos de papel grau cirúrgico estavam com prazos de validade vencidos.  

A unidade fica descoberta de médico durante 15 dias. 

POSTO DE SAÚDE TRACAJATUBA

A vistoria identificou que o Posto estava sem médico há quase dois meses. Por dia o local chega a ser procurado por 30 pacientes, já que a unidade atende comunidade e vilas. São pacientes com diferentes perfis, desde crianças com virose até vítimas de ferroada de arraia e picada de escorpião. 

O Posto, apesar de muito organizado, é pequeno. Na sala onde os remédios são armazenados, ocorre também a esterilização.  Observou-se também falta de medicamentos.

Apesar da rampa, a dimensão da porta fora dos padrões, não permite a passagem de cadeira de rodas. Observou-se que o telhado precisa de reparos.

O local também possui uma climatização deficiente e apresenta problemas com morcegos no telhado. 

 

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